28 de out. de 2014

ACERVO BIBLIOGRÁFICO DO AHPAMV : LIVROS DOADOS PELA EDIPUCRS (3)






          Júlio de Castilhos- Positivismo, Abolição e República


   Margaret  Bakos  organiza,apresenta e contextualiza os editoriais de Julio de Castilhos  no jornal A Federação,em pesquisa  que revela a gênese  positivista do PRR(Partido Republicano  do  Rio Grande do Sul ),suas polêmicas, suas divisões internas e o  apoio  à causa abolicionista. Julio de Castilhos  era defensor radical da abolição da escravatura,sem indenização aos proprietários dos escravos,ideias defendidas por ele, quando foi diretor do  referido jornal de 1884-1887,período  da passagem do regime servil ao livre. Em 06 de agosto de 1884 (A Federação, Ano 1 n. 180),ele escreve:”Porto  Alegre carece do concurso de todos para fazer parte do movimento libertador e poder proclamar em breve a liberdade de todos os seus escravos.(pg102)
 Uma obra de grande relevância para o conhecimento da história do RGS, do movimento abolicionista e da participação do positivismo como doutrina defensora da liberdade.
BAKOS,Margaret – Júlio de Castilhos- Positivismo, Abolição e República. Porto 
       Alegre:IEL:Edipucrs,2006.




Banalização da morte na cidade calada-a Hespanhola em Porto Alegre,

  A   gripe espanhola,em Porto Alegre,em 1918, é tematizada pela autora  através de um diálogo entre História e  Medicina e a análise das consequências dessa epidemia em todos os aspectos:cotidianos,políticos,médicos,econômicos e comportamentais. O estudo remonta às pandemias e epidemias gripais nos séculos passados. No RGS,a precariedade da infraestrutura urbana como rede de esgotos e abastecimento de água agravou a situação provocada pela epidemia. O serviço público de saúde  revelou-se ineficaz para o enfrentamento da doença,e o governo adotou medidas emergenciais  para o controle dessa e de outras doenças,o que agravou o quadro da crise sanitária e dos limites dos conhecimentos médicos. Por último, a autora faz uma reflexão sobre a SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) e as endemias como dengue,esquistossomose,doença de Chagas e outras, finalizando com alguns questionamentos sobre o impacto dessas doenças para a sociedade,a responsabilidade do poder público e as mudanças que podem ocorrer em decorrência dessas enfermidades. Esses são os  pontos comuns entre os diversos momentos históricos.
ABRÂO,Janete Silveira. Banalização da morte na cidade calada-a Hespanhola em
      Porto Alegre,1918.Porto Alegre:EDIPUCRS,2009.


Cemitérios do Rio Grande do Sul-Arte-Sociedade-Ideologia


  Publicação organizada por Harry Rodrigues Bellomo, faz uma análise dos vários aspectos-religião, memória, arte, etnias e classes sociais-que se revelam nos cemitérios. Os túmulos,esculturas,mausoléus e alegorias nos contam histórias, histórias dos mortos, das famílias, da pobreza ou da riqueza, da arte e do contexto social,político  e histórico. O organizador e sua equipe acadêmica  escreveram esta obra como resultado de muitos anos de pesquisa e nos oferecem um estudo bastante abrangente e elucidativo de uma realidade histórica   contada  pelos  monumentos aos morto. Esse grupo existe desde 1997  e se reúne semanalmente para discutir as pesquisas realizadas e planejar palestras e publicações sobre o assunto. Em suma, o resultado de tanta dedicação materializada nesta obra  é  o de consolidar o conceito do cemitério como fonte histórica. A leitura da publicação  agrega  conhecimento diversificado  e  estimula o leitor a olhar  os cemitérios de uma forma humanística, que transcende  a definição de lugar dos mortos.É mais que isso, é lugar de memória, não só de indivíduos, mas de uma época.
BELLOMO,Harry Rodrigues.org, Cemitérios do Rio Grande do Sul-Arte-Sociedade-
     Ideologia.2. ed rev e ampl.-Porto Alegre:EDIPUCRS,2008.

  


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